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Levantar cedo no horário de verão, dói. Não há volta a dar, custa um bocado, principalmente quando passamos a semana toda a levantar cedo porque as obrigações familiares, ou profissionais, assim obrigam.
Quando nos deitamos já bem para lá da uma da manhã e colocamos o despertador a tocar para as 5H30, dói tanto que a vontade que dá é continuar na cama até a dor passar.
Mas se realmente quero, ou queremos, fazer fotografia de paisagem, só resta vestir, lavar a cara e sair com a mochila às costas sem grandes queixumes.
Se não liga assim tanto a fotografia e, por acaso, veio parar a este blog e a este post, na esperança de encontrar sugestões de locais a visitar na Figueira da Foz, a notícia que tenho para dar não é muito boa: este post foi escrito para quem gosta de fotografia. Mais, para quem gosta de fotografia de paisagem. Mas daquela um bocadinho diferente, não da que é feita em passeio, a qualquer hora do dia.
[De qualquer modo, se gosta de acordar cedo e quer estar em sintonia com a natureza, mesmo não tendo a fotografia como interesse, deixo o convite para visitar estas três sugestões na Figueira, idealmente ao amanhecer.]Por outro lado, se gosta de fotografia e: 1) tem conhecimentos técnicos e quer apenas conhecer novos locais onde fotografar; 2) quer fazer fotografias diferentes e mais originais do que o seu vizinho do lado, talvez este post possa ajudar um pouco. Mas, de uma forma, ou de outra, acredite que lhe vai causar algumas dores…
Para este amanhecer escolhi três locais que conheço relativamente bem, pois já lá estive por diversas vezes, a diversas horas do dia, a fotografar, ou simplesmente a admirar.



Existem muitos outros locais na Figueira – e arredores – que são muito interessantes para fotografar, seja o amanhecer, ou o pôr do sol. Mas vamos deixar isso para um futuro post, mais completo, com sugestões para fotografar ao nascer e final do dia.
Em qualquer um dos três sítios que apresento neste post, conseguirá fazer boas fotos ao nascer do dia. Para isso terá de lá estar cedo, idealmente antes do sol começar a surgir no horizonte. Lá está, uma dor.
Depois, o que levar para fotografar? Pode levar a sua câmara, compacta, ou de objetivas intermutáveis. Se é para fazer nascer do sol, não esqueça o tripé. Se souber usar, ou tiver filtros, ainda melhor. Talvez consiga também alguma coisa se tiver o telemóvel consigo. Quando mais recente melhor, pois as câmaras estão a evoluir a um ritmo alucinante. Ah!, já agora, se tiver um drone, aproveite e leve-o também consigo, para ter pontos de vista mais “originais”. Eu avisei que as dores iam continuar.
Pois bem, obviamente que não precisa de nada disto, ou melhor, não tem de ser desta forma. Basta uma câmara, qualquer que seja.
Antes de começar a fotografar, ou durante, aproveite para ouvir os sons da natureza, da água, dos pássaros. Sinta a brisa, aprecie o que o(a) rodeia. Depois deslumbre-se com o que a Mãe Natureza oferece quando o sol começa a nascer. Nesse momento, estará a ver algo que muitas pessoas estão a perder…





Para este amanhecer levei a Fuji X-T2 e objetivas, o Huawei P20 Pro e ainda um drone, o DJI Spark. Mas, se é certo que consegui fotografar com cada um destes acessórios – e fazer um pequeno filme com os vídeos do drone -, também concluí que não é fácil, pois obriga a maior concentração, ou dispersão.
De qualquer modo, é unânime, a tecnologia avança muito rapidamente e hoje oferece-nos ferramentas impensáveis há alguns anos. Se é bom, ou não, depende sempre do ponto de vista. O que para mim importa, efetivamente, é o quanto me divirto em todo o processo: o ir, o conhecer, o estar lá, o sentir, o ver, o fotografar e, depois, ver o que consegui, já mais calmo, sentado ao computador.





Mas já me terei dispersado um bocado. Peço desculpa. Ficam a seguir, as três sugestões para fotografar o nascer do dia na Figueira da Foz, sem qualquer ordem de importância.
Porto de Pesca, Cabedelo
GPS
40°08’30.0″N 8°51’39.5″W
40.141670, -8.860969

Local com muito potencial. Se chegar bem cedo, ainda de noite, conseguirá fotografar parte da Figueira da Foz com a iluminação noturna ainda ligada. Ao longe terá a ponte. Depois tem barcos e, naturalmente, muita água que, estando calma, permite fotografar com reflexos. Se estiver nevoeiro terá um ambiente mais enigmático. Depois existem motivos diversos “espalhados” pela zona, como redes de pesca, pontões, cabeços (peça de ferro que recebe as voltas de cabo para fixação da embarcação), embarcações, entre outras.
Portinho da Gala
GPS
40°07’54.6″N 8°51’12.9″W
40.131826, -8.853570

Num primeiro olhar, ninguém dá muito por este local, mas tem algum potencial. Para quem não conhece, não é fácil dar com a “entrada” de acesso, pelo que deve ir com atenção e esperar que o GPS possa ajudar. Uma vez lá, tem muito o que fotografar. Vários pequenos barcos de pesca, armazéns de madeira, uma pequena ponte e logo ali, o rio. Com nuvens pode usar a ponte como elemento principal e fazer umas longas exposições. Pode aproveitar para fotografar pormenores nos barcos e acessórios. Mais uma vez, para tirar partido deste sítio, convém chegar (bem) cedo.
Salinas da Figueira da Foz
GPS
40°06’57.9″N 8°50’32.3″W
40.116075, -8.842296

Escolhi este ponto nas salinas da Figueira, mas pode ir para qualquer outro, pois existem diversos talhões e quase todos oferecem a possibilidade de conseguir boas fotos ao nascer do sol, se bem que em alguns conseguimos também registar o pôr do sol. Existe a possibilidade de fazer a Rotas das Salinas, que é muito agradável. Nas salinas pode não só fazer fotografia panorâmica, como também pode enveredar por uma vertente mais documental.