- Rumo às Maurícias - 13 de Maio de 2019
Há quem passe a vida inteira a sonhar com aquelas férias paradisíacas. Maurício Matos não só cumpriu esse sonho como o fotografou. O nosso viajante favorito foi pelas praias de areia branca e águas cristalinas das Maldivas e conta-nos como foi nesta edição da FotoAventura.
Existem no Oceano Índico três arquipélagos que, normalmente, são considerados destinos paradisíacos para quem procura muito sol e praia. São eles as Maldivas, as Seychelles e as Maurícias. Já tinha visitado os primeiros dois no passado e decidi que era hora de conhecer o último.

A minha viagem foi dividida por duas ilhas. Os primeiros dias foram passados na ilha principal do país. É a ilha maior, onde ficam grande parte dos principais hotéis e resorts, e também por isso é aqui que se encontra a quase totalidade do turismo. A maioria das pessoas procuram praia e é pelas praias que ficam. São muitas e belas mas a ilha tem muito mais para ver.

O seu interior muito verde, e as montanhas que existem, fazem com que se possam encontrar uma boa variedade de paisagens para além das praias de areia branca. É possível ver floresta tropical, com quedas de água pelo meio, podem também visitar-se vastas plantações de cana de açúcar ou de chá.
No entanto, foi a ilha de Rodrigues, que visitei em seguida, que verdadeiramente me seduziu e surpreendeu. Quando estava na ilha principal disseram-me que Rodrigues era ainda como a primeira tinha sido há vinte anos atrás. E não me enganaram. A cerca de uma hora de voo, praias lindíssimas esperam quem resolve aventurar-se e com o bónus de não existirem grandes hotéis junto às mesmas. O resultado é uma ausência quase total de turistas.


Os hotéis que existem são poucos e pequenos, o que faz com que a qualquer momento estejam presentes na ilha poucos visitantes. E que, espalhados pelos vários locais, tornam-se impercetíveis. É um local onde as praias ainda são frequentadas quase exclusivamente pelas pessoas que lá moram, onde se pode ter uma ideia do seu modo de vida. Facilmente podemos ter que partilhar uma praia com cabras ou vacas que por lá andam.
Diria que as Maurícias, em comparação com as outras ilhas do Índico, são uma experiência mais completa e, no caso de Rodrigues, mais genuína também.

O equipamento que usei foi o mesmo das duas viagens anteriores, composto pela máquina médio formato Pentax 645D e algumas objetivas, dos 35mm aos 200mm. Os acessórios também foram os mesmos do costume: alguns filtros, especialmente polarizadores, um tripé de carbono, leve e compacto, muitos cartões de memória e um tablet. Desta vez vou centrar-me em outros acessórios que facilitam em muito uma viagem, alguns que serão desconhecidos da maioria e que não têm a ver diretamente com fotografia.

Um dos grandes pesadelos de quem viaja muito é a possibilidade sempre presente de ficar sem bagagem, nem que seja temporariamente. Não há muito que possamos fazer para evitar essa situação mas é possível torná-la menos complexa quando acontece.
Para isso eu uso um pequeno dispositivo chamado Trakdot que coloco na mala e que me vai dando informações em relação ao aeroporto onde esta se encontra. Sempre que parto ou chego a um aeroporto, recebo uma SMS a informar-me da localização da bagagem.

Isto quer dizer que, no caso de eu ter chegado a um aeroporto e a SMS disser que a mala está noutra localização, posso de imediato ir fazer a participação da mala extraviada, sem ter que passar imenso tempo junto do tapete da bagagem, à espera que esta apareça. Agiliza-se o processo e, o facto de sabermos onde a mala está, torna a sua localização mais fácil e acelera o processo de forma a que a recebamos mais rapidamente.


Outro equipamento que uso em viagem chama-se Skyroam. Eu sou o tipo de pessoa que não vive sem Internet. Poder estar constantemente ligado, mesmo que do outro lado do mundo, é importante para mim. Este dispositivo disponibiliza-me Internet ilimitada em mais de 90 países em todo o mundo, por cerca de 6 euros diários. Não é barato… mas evita ter de procurar um cartão SIM local que, muitas vezes, requer uma ativação, está limitada a X minutos, etc.

Os cartões de fidelização, sejam relativos às companhias aéreas, hotéis ou empresas de aluguer de automóveis, são igualmente importantes. Nas companhias aéreas eles podem proporcionar mais bagagem, acesso a lounges, eventuais upgrades de classe ou embarque prioritário.
Nos hotéis, podem dar acesso a um quarto superior àquele que se reservou, pequeno-almoço gratuito ou a noites grátis após um certo número de estadias. Já no aluguer de carros, torna o processo muito mais rápido, permitindo muitas vezes evitar filas de espera ou receber um carro superior ao modelo que se reservou. Tudo isto parecem pequenas coisas mas que, todas juntas, podem melhorar significativamente uma viagem.

(Artigo publicado da Revista ZOOM Edição nº 28)